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Artigo
Quem serão os líderes nas empresas de TIC?
Tema
Pessoas e Produtividade
líderes nas empresas de TIC

Quais as habilidades e competências que os profissionais de TIC irão necessitar para que possam se destacar nos papéis de líderes dentro de suas empresas dentro dos próximos anos?
O que a minha experiência com programas de Desenvolvimento de Liderança na Inglaterra pode nos auxiliar a pensar para o futuro dos líderes desse segmento?

Para alguns setores do mercado o tão falado “apagão de mão de obra qualificada” se apresenta como um problema a ser enfrentado nos próximos anos, dificultando o desenvolvimento e crescimentos das empresas, como no setor da construção civil, por exemplo.

Já na área da Tecnologia da Informação e Comunicação a qualificação – e até mesmo super qualificação - é o fator com o qual os diretores e gerentes menos se preocupam. Isto pode ser visto tanto nas empresas brasileiras quanto nas empresas em Londres que tive a oportunidade de acompanhar e acompanhar programas de desenvolvimento de liderança.

Para o setor da TIC, o desafio que se apresenta está na identificação e engajamento de profissionais que tenham interesse em liderar equipes, compartilhar seu know-how , desenvolvendo práticas mais colaborativas dentro do ambiente de trabalho e a influenciar pessoas a darem o melhor de si. Por um lado encontramos a fama dos profissionais de TIC que possuem um grande conhecimento teórico e técnico do seu campo de trabalho porém não possuem boa fama em relação ao desenvolvimento de habilidades interpessoais – não compreendam essa falta de habilidade com tratar mal as pessoas, mas sim com a crença de que “todos devem compreender o funcionamento dos sistemas e máquinas do mesmo jeito que nós (sic)”*.

Detentores do saber e da habilidade de forma natural ou aprendida, os profissionais da TIC focam, muitas vezes na solução do problema, deixando de lado os demais envolvidos nesse processo.

Também pude constatar uma negatividade em relação ao compartilhamento de informação e conhecimento, relembrando experiência negativas nas quais muitos profissionais foram explorados ao máximo para compartilhar seu conhecimento durante as últimas duas décadas, sendo dispensados quando não havia mais o que sugar dos mesmos.

Infelizmente este foi e ainda é um problema de gestão encontrado em muitas empresas onde a competitividade vem acima de tudo no ambiente de trabalho. Para as empresas, o desafio hoje está em manter essa competitividade que estimula e desafia os profissionais, porém não deixando de criar um ambiente de colaboração entre os funcionários, visando um crescimento holístico da empresa. Não podemos culpar os profissionais de TI por essa “paranoia” de guardar o melhor para si, pois eles viram e experimentam essa exploração de seus pais, colegas e até mesmo chefes.

Para alcançar a liderança nesse ambiente desafiante, o profissional de TIC necessita aceitar que o todo é maior do que a soma de todas as partes, como bem ensina a Teoria da Gestalt. Precisa buscar ferramentas e oportunidades para desenvolver-se a fim de poder estimular e trocar de forma mais eficiente com os demais colegas, abrindo-se para aprender mesmo quando parecer que não se tem nada para aprender. Necessita querer destacar-se entre os demais, levantar os olhos da tela do computador e fazer-se ouvir.

Com a complexidade que a cada dia se apresenta no mercado da TIC, o profissional com experiências diversificadas, cursos, treinamentos e interesse nas áreas complementares ao seu ambiente de trabalho serão os que possuem mais possibilidade de sucessão e reconhecimento no ambiente de trabalho.

Teoria de desenvolvimento de grupos e equipes, visão estratégica do negócio, auto-desenvolvimento e auto-conhecimento, saber trabalhar e estabelecer metas e prioridades, capacidade de negociação, etc... são apenas algumas das necessidades mais comuns levantadas nos meus treinamento com profissionais dessa área.

O segredo é se aventurar fora do que parece lógico e aprender com as experiências diversificadas, pois liderar projetos e pessoas será um desafio constante!

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A capacidade de liderar tem sido apontada como um elemento de diferenciação na administração moderna, contribuindo de forma ativa pelo sucesso ou fracasso de uma organização. Assim, o atual mercado competitivo restringe espaço para lideranças que não compreendem o lado humano.

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