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Artigo
Liderando a Mudança
Autor
Everton Carsten da Rosa
Tema
Pessoas e Produtividade
Liderando a Mudança

Há poucos anos fui convidado para liderar um processo de profissionalização, eu prefiro dizer: de mudança.

Uma tradicional empresa familiar passava por dificuldades, das mais diversas: conflitos entre grupos familiares de acionistas, sucessão mal resolvida, queda contínua no volume de vendas, redução das margens e prejuízos por exercícios consecutivos. Enfim, uma crise.

A mensagem recebida foi clara: "Seu papel é profissionalizar a gestão da empresa". Será que todos sabiam quais as implicações deste processo?

Ao mesmo tempo, um escritório de advocacia, especializado em Direito Empresarial "deveria" estruturar e orientar o Conselho de Sócios, criando instrumentos jurídicos reguladores e pacificadores, o chamado Acordo de Sócios. Esta era a intenção

Neste intervalo, lá eu estava, com sócios na linha gerencial, na linha de operação e outros querendo estar em alguma linha, somado ao fato da crise dos números, já citada.

E agora? Fiquei pensando... Por onde começar a mudança? Como estabelecer uma nova visão de futuro que possa alinhar os interesses de todas as partes e criar o adequado senso de urgência? Como agir neste cenário?

A praxe proclama: Comece com o racional. O Planejamento Estratégico foi realizado, as projeções financeiras para os próximos 3 exercícios foram elaboradas, um Plano de Ação detalhado foi elaborado, enfim o reducionismo foi aplicado, facilitando a análise das partes, das etapas necessárias para a mudança.

Acredito que você queira saber: E deu certo? O que realmente faz a diferença?

O que realmente faz a diferença é criar uma coalizão administrativa com o máximo de colaboradores interessados em um ambiente melhor, uma empresa melhor, e, empoderar cada uma desta pessoas. Conferir a elas a liberdade de pensar e aproveitar a experiência adquirida em suas atividades para a participação ativa na tomada de decisão.

E deu certo? Qual a grande técnica?

A grande técnica é simplificar. O modelo utilizado foi simples. Liderei a criação de 4 equipes de mudança, liderança autocrática nos primeiros 60 dias, até que o líderes surgiram e assumiram seus papéis, conduzindo 3 dos 4 grupos.

Diariamente, nos primeiros 20 minutos da jornada de trabalho, os líderes de produção (time 1), vendas e marketing (time 2), administrativo (time 3),  se reuniam em ambientes separados para analisar os resultados do dia anterior, apontar as deficiências e as oportunidades de melhoria de aplicação imediata, passando ao planejamento das ações do dia em curso. As decisões eram tomadas ali, pelo grupo e a responsabilidade pelas ações compartilhadas.

Ao final das reuniões os líderes dos times ingressavam em uma nova reunião, esta de 1 hora, onde meu papel como principal líder era avaliar as decisões tomadas, sugerir modelos de comportamento e decisão e prover, dentro da disponibilidade, os recursos necessários às ações de melhoria.

E deu certo? Você deve continuar perguntando.

Certamente o modelo acima não foi uma ação isolada, mas com certeza o expoente entre outras tantas (novo ERP, novo conceito e investimentos em marketing, revisão dos canais de distribuição. novos gestores em algumas áreas, etc.).

Tampouco foi tudo um mar de rosas. Existia divergência entre o novo modelo e o interesse de alguns acionistas, até certo ponto, posso chamar de Conflito de Agência (afinal, cadê o comando o controle?).

Estes interesses em dado momento descontinuaram o projeto, vontade unilateral. Decidi que o esforço não compensava. Porém os resultados de curto e médio prazo foram excelentes:

  • Incremento nas receitas (12%), dos quais 5% relativo a volume;
  • Ebitda recuperado (+ novamente);
  • Aumento de 20% no grau de satisfação interna;
  • E, diversos projetos de melhoria em andamento.

 
O aprendizado internalizado, passado já algum tempo, diz que ser um agente de mudança é renovador, criar novas condições faz com que você recrie a si mesmo, mas esteja preparado, pois decisões duras contra a complacência devem ser tomadas. E elas pesam.

E você? Como tem planejado a grande transformação de sua empresa? Como espera surpreender seu cliente? Aproveite este início de ano e pense nisso.

Por fim, não esqueça que a etapa de coalização administrativa requer um trabalho prévio de governança. Boa sorte!

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As pessoas notáveis possuem algo em comum: um absoluto senso de missão, segundo Zig Ziglar: Senso, ética, ambição, tudo isso envolve uma carreira, algumas decisões contribuem para um ascenso mais meteórico, outras nem tanto, mas tudo o que importa é sua consciência. Vídeo para líderes que buscam entender a forte concorrência do mercado profissional.

 

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